Quem gosta de adrenalina e carros velozes com certeza já assistiu a esse esporte e deve se perguntar como se tornar um piloto de Fórmula 1. Então pare aqui no nosso box e descubra como é essa longa trajetória até o pódio.
A F1 existe oficialmente desde 1950, e desde a sua existência o público só aumenta.
E não é por menos, a cada ano que passa, os carros se tornam mais tecnológicos com pilotos extremamente habilidosos e a competição conta com pistas incríveis, tornando a F1 um esporte emocionante!
E temos também os novos talentos que vão surgindo em algumas temporadas, e falando neles vamos abordar a trajetória de como se tornar um piloto de Fórmula 1.
Normalmente quem deseja iniciar uma carreira nesse esporte começa a treinar desde cedo, a média de idade é entre 6 e 8 anos.
O início da carreira começa cedo pelo fato de que quando um piloto tem mais de 15 anos e tem um currículo abaixo dos outros competidores, as chances de ir para a Fórmula 1 se tornam menos prováveis.
A jornada é muito cansativa e cara, então para garantir que essa é a carreira desejada, vale a pena participar de algumas aulas em escolas de pilotagem credenciadas pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
Após ter a certeza de que essa é a carreira almejada, matricule-se em uma escola de automobilismo, sempre credenciada pela FIA, pois após o término de cada curso, você receberá certificados e até mesmo recomendações.
Nessa etapa, até menores de idade podem se inscrever em algumas escolas, pois existem cursos em que crianças podem participar, e assim ganhar experiência e recomendações, pois é muito importante tê-las desde o início da carreira.
Não que seja uma regra, mas os pilotos que estão na Fórmula 1 em sua grande maioria começaram pelo kart, pois nele é vivido a experiência de como é pilotar em uma pista de corrida em alta velocidade contra outros competidores.
Antes de iniciar circuitos com pilotos veteranos, o ideal é procurar pistas de karts comuns, pois dessa forma consegue-se realizar um treino com menos pressão e ganhar experiência para as corridas futuras.
Algumas escolas podem te ajudar a participar de competições e campeonatos amadores, assim já se adquire a experiência para participar em torneios profissionais de kart.
Vale ressaltar que existem diversas licenças para pilotos de kart, então sempre tente obter a melhor possível.
Mesmo sendo a categoria inicial, é interessante ir atrás de patrocinadores, pois lembre-se que nenhuma etapa dessa jornada é barata, no kart, pode-se ter um gasto entre 400 mil a 2 milhões de reais.
Os valores variam de acordo com cada modelo, quanto mais caro, normalmente melhor ele é, e encontra-se karts de 3.500 até 60 mil reais.
Alguns pilotos em início de carreira e com pouco investimento costumam a comprar modelos usados, mas lembre-se que outros competidores podem investir em equipamentos e veículos melhores, o que pode facilitar a vitória nas pistas.
Depois de diversas corridas e competições, chegou a hora de subir de nível e competir na Fórmula 4.Nessa etapa começa os ensinamentos básicos de como se tornar um piloto de Fórmula 1.
Os veículos da F4 não atingem a mesma velocidade e nem possuem a mesma tecnologia dos carros da categoria principal, mas tem algumas semelhanças para se adaptar ao formato do esporte.
Para se inscrever na Fórmula 4, o piloto deve acessar o site https://www.cba.org.br/, seguir os procedimentos e se adequar às regras estabelecidas no edital da competição. Nesse link temos um exemplo de um regulamento de 2022.
O corredor realiza a pré-inscrição, mas isso não garante a participação na Fórmula 4, será realizado um treino de classificação, e quem obtiver as melhores posições, garante a vaga para o campeonato.
E lembre-se de que além de preparado, o piloto precisa dos equipamentos necessários para competir, como o veículo, equipe de grid, peças reservas, possuir contrato de participação com a empresa promotora, dentre outras coisas.
Nessa etapa os valores gastos variam entre 1.8 milhões e 3.5 milhões de reais por temporada. Esses valores são uma estimativa, e podem variar de acordo com o desempenho do piloto e os patrocinadores conquistados.
Na Fórmula 4 as vitórias são mais importantes que no kart, pois nessa competição já pode-se somar pontos para se obter a superlicença. Somente com ela é possível ingressar na Fórmula 1.
A superlicença é emitida pela FIA para competidores que obtiveram 40 pontos nas competições, e percorreram 300 km em carros semelhantes aos da F1.
A idade mínima para obter a superlicença é de 18 anos, mas caso um piloto de 17 tenha demonstrado maturidade, perícia no volante e sempre se atualize com os cursos autorizados, a FIA pode abrir uma exceção para ele adquiri-la.
Então no final da temporada, dependendo da posição em que o piloto terminou, ele ganha pontos, e na Fórmula 4 a distribuição ocorre da seguinte forma:
1° colocado – 12 pontos
2° colocado – 10 pontos
3° colocado – 7 pontos
4° colocado – 5 pontos
5° colocado – 3 pontos
6° colocado – 2 pontos
7° colocado – 1 ponto
8° colocado – não pontua
9° colocado – não pontua
10° colocado – não pontua
Essa é a penúltima categoria para chegar no tão almejado sonho da Fórmula 1. Na F3 o piloto começa a decidir se vale a pena continuar seguindo carreira no automobilismo.
No Brasil se torna mais difícil ter visibilidade nessa etapa em diante, então normalmente os pilotos se mudam para a Europa,onde o esporte tem mais notoriedade.
Inclusive alguns condutores realizam essa mudança na etapa do kart, para atrair a atenção de empresários, equipes e olheiros desde cedo.
Após boas colocações e pontuações na Fórmula 4, é possível ingressar na Fórmula 3, normalmente quem se destaca costuma ficar até 2 temporadas por categoria. No site oficial da F3 estão disponíveis as regras e informações sobre inscrições quando estiverem abertas.
Para participar do campeonato, o piloto deve possuir uma Licença Internacional FIA Grau A ou B.
Nessa parte da trajetória, já existem alguns olheiros e empresários à procura de novos talentos para as equipes. Então quanto mais o piloto se destacar, maiores as chances de ganhar apoio.
Aqui mais do que nunca é muito importante conseguir patrocínios, seja de empresários, empresas, ou até mesmo verificar as academias da escuderias que costumam revelar novos talentos e ajudam a bancá-los, desde que eles acreditem em um futuro promissor do piloto.
Os gastos na Fórmula 3 podem variar entre 500 a 800 mil euros (3 a 4.9 milhões de reais). Cálculo feito como uma estimativa, pois tudo depende da performance do corredor e de patrocinadores ganhos ao longo da jornada.
Já as pontuações para a superlicença na F3 são maiores que a F4 no final da temporada:
1° colocado – 30 pontos
2° colocado – 25 pontos
3° colocado – 20 pontos
4° colocado – 15 pontos
5° colocado – 12 pontos
6° colocado – 9 pontos
7° colocado – 7 pontos
8° colocado – 5 pontos
9° colocado – 3 pontos
10° colocado – 2 pontos
Na F2 o piloto aprende a como se tornar um piloto de Fórmula 1, apesar da semelhança, os carros são menos potentes e chegam a uma velocidade menor que os da F1.
Mas de qualquer forma a experiência adquirida nessa etapa é de muita importância, e a preparação é tão semelhante à Fórmula 1, que os condutores na F2 já correm em pistas que fazem parte da categoria principal.
Para participar da Fórmula 2, o piloto deve demonstrar suas habilidades atrás do volante e obter excelentes pontuações na F3, para que dessa forma seja convidado a fazer parte de alguma equipe da F2.
Nessa etapa da jornada cada vitória é de extrema importância, pois além de muitos olheiros e possíveis patrocinadores, geralmente quem vence a Fórmula 2 quase sempre é convidado a participar de alguma equipe de Fórmula 1. Na maioria dos casos o convite pode ser para piloto reserva das equipes, então a paciência é importante.
A FIA disponibiliza para os corredores nessa etapa cursos visando a longa permanência dos pilotos que querem uma vaga na F1.
Em questões financeiras, o valor aumenta consideravelmente, pode ser necessário desembolsar entre 1 a 3.5 milhões de euros (6.1 a 21.4 milhões de reais).
Nas pontuações para a superlicença, também podemos notar uma enorme diferença na distribuição dos pontos:
1° colocado – 40 pontos
2° colocado – 40 pontos
3° colocado – 40 pontos
4° colocado – 30 pontos
5° colocado – 20 pontos
6° colocado – 10 pontos
7° colocado – 8 pontos
8° colocado – 6 pontos
9° colocado – 4 pontos
10° colocado – 3 pontos
Depois de uma incrível performance na Fórmula 2, o piloto deve receber uma proposta de alguma equipe da F1, normalmente começam como piloto reserva para depois ser o piloto oficial.
Alguns pilotos pagam por uma oportunidade em alguma equipe, o que pode dificultar conseguir boas vagas.
Apesar dessa etapa ser a última, não pense que é a mais fácil, o piloto deve demonstrar um alto nível de competitividade e se manter em grandes equipes.
Além de tudo isso é preciso ter cuidado com penalidades, pois com o acúmulo de pontos de punições é possível que o corredor perca a superlicença.
Agora que você já aprendeu a como se tornar um piloto de Fórmula 1, está na hora de apertar os cintos e partir para o sonho! Aproveite e descubra também quanto ganha um piloto de Fórmula 1.